domingo, 26 de setembro de 2010

Heróis ou arqui-rivais na colaboração organizacional?

Liderar é/e Colaborar. Os novos modelos de liderança impõem mudanças culturais através da quebra dos paradigmas do passado.

Vivemos um momento empresarial onde, ser generalista parece ser a saída para tudo, absorver mais e mais conhecimento despindo-se de quaisquer preocupações quanto à qualidade ou credibilidade das fontes tornou-se um ato comum de sobrevivência, “acho que sei, portanto sei”, esta tem sido a bandeira de muitos gestores. Mesmo diante das mais adversas situações, tais “arroubos da gestão” têm sido o motor motivacional das decisões que na maioria dos casos estão fundamentados em um conjunto de experiências imaginárias, quase transcendentais, que saltam do “mundo paralelo” com a peculiar característica de “profissionais heróis”, tornando-se, portanto, os gênios e senhores do conhecimento e saber organizacional.

Tais heróis munidos de suas capas voadoras e seu singular “conhecimento ilimitado", pairam sobre a organização definindo o novo modelo de trabalho adotado hoje, que outrora, será inevitavelmente preterido em função do novo modelo de trabalho do amanhã.

Nossa fábula, nada infantil, alerta para os riscos que representam os heróis no cenário organizacional, heróis são bem vindos no cinema, ou nos desenhos animados que assisto com meu filho, no cenário organizacional são necessários bons profissionais, gestores que entendam suas limitações e que neste momento valorizem o saber na perspectiva do conjunto, utilizando-se do capital intelectual muitas vezes subutilizado da sua equipe para eliminar eventuais lacunas de conhecimento perfeitamente naturais em series humanos normais.

Neste contexto, surge uma simples palavra que define tudo: Liderança. Ainda que vez por outra, tenha seu sentido inebriado pelo papel do chefe, de fato, esta figura em nada se assemelha com o tal, falamos de algo que perpassa a pura e simples autoridade, falamos de ouvir, escutar, entender. Falamos do que o grande poeta Rubem Alves classificou tão sabiamente como “escutatória” que em sua incrível sagacidade contrapõe a oratória, nos fazendo pensar no seguinte fato: Por que gostamos tanto de falar e notadamente, por que e tão difícil escutar?

Colaborar sem escutar é possível? Felizmente não, este ato traz consigo a nova ordem mundial, as novas leis, os novos governos e produtos, onde todos em seu divino ato de coexistência estão submetidos à uma única e simples regra, somar para produzir mais e melhor. É sob este conceito que se farão os novos lideres, onde no auge da sua maturidade estarão, enfim prontos para exercer sua função mais elementar, formar novos líderes, discípulos que perpetuarão um novo modo de pensar e agir e que formarão à base do executivo do futuro.

Para aqueles que avaliam a liderança como algo surreal, os que por exclusão são “chefes”, observem que vivemos um momento empresarial regido por processo, os feudos departamentais, ainda herdados da revolução industrial estão em franco processo de mudança, é preciso pensar coletivamente, agir coletivamente, ouvir e compartilhar, pois este novo cenário, felizmente não será regido por organogramas, que parafraseando o excelente escritor Tadeu Cruz, são criados somente com o intuído de incitar a fogueira das vaidades, aplacando o pesar daqueles que enfim conquistaram o topo dos diagramas, mas sim, por pessoas, que unidas em seu desejo comum de prosperar avançam na direção das novas metas dando novo sentido a busca pela medida perfeita do composto mais poderoso de qualquer organização, a motivação.

Pense Nisso!

Abraço a todos,


Edson Motta, PMP®, MBA, ITIL®
Consultor Sênior, Especialista Gestão da Informação,
Analista Business Intelligence, Integrações ETL,
Gerente de Projetos PMP, BPM Consultant,
ITIL Certificate.
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