quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Missão dada é missão cumprida:

Uma plataforma de colaboração em projetos com foco na comunicação, gerenciamento e engajamento de stakeholders. Foi um desafio inovador, que recupera a essência do gerenciamento de projetos traduzida nos desejos e necessidades de suas partes interessadas, através de um universo colaborativo que potencializa a possibilidade de sucesso no projeto de modo engajado e sobretudo sustentável. Em breve escreverei um artigo sobre o tema.

Aguardem! :-)

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Mapas Mentais. Eu uso, e você? Estruturando pensamentos de um modo fácil, prático e divertido.





“Os mapas mentais representam uma forma visual de aprendizado que bem aplicada pode prover significativos benefícios profissionais e pessoais.”


Um dos maiores adventos da humanidade, se não o maior, a escrita é o mais rico meio para transmissão de idéias e pensamentos. Ao longo dos séculos, nos utilizamos deste mecanismo como forma de ensinar e aprender, perpetuando idéias e acumulando conhecimento para futuras gerações.


Definitivamente, há muito conhecimento a ser absorvido, mas, qual seria o melhor método para retê-lo de forma eficaz? Como a maioria das respostas relativas à questões complexas da humanidade: “Depende”.

Temos a nossa disposição um verdadeiro arsenal de métodos para aprendizado, eles vão desde leituras até copias, anotações, fichas, marcações, rascunhos, etc, todos, sem exceção, propõem mecanismos sólidos de aprendizado, mas sua aplicação está intimamente ligada à personalidade de cada um e principalmente, sua capacidade de concentração e assimilação. Pensando nisso, “Tony Buzan” criou um método de impensadas aplicações, que ao longo dos anos tem ajudado muitas pessoas ao redor do globo, propondo novas experiências de aprendizado e entendimento tanto no âmbito acadêmico como profissional, refiro-me aos mapas mentais.

O método objetiva acompanhar a formação de idéias na mesma lógica que elas ocorrem na sua cabeça. Trata-se da reprodução dos “mapas de idéias” que se formam na mente, para de uma forma legível, transferí-lo para uma folha de papel. Mas, isso é possível? Tony diz que sim, e eu, particularmente posso dizer que acredito nele. Venho utilizando mapas mentais nos últimos anos e eles têm me proporcionado experiências fantásticas no ensino, aprendizado, apresentações de idéias, reuniões, ou seja, tenho utilizado mapas mentais para quase tudo atualmente e, cada dia descubro uma nova aplicação para eles.

Liberdade, essa palavra define bem a criação dos mapas mentais, agregue a isto uma pitada de criatividade e dois dedinhos de capricho e pronto, tem-se a fórmula perfeita do aprendizado visual.

Vamos ao que interessa. O melhor meio para aprender e se familiarizar com mapas mentais é praticar. A cada mapa criado, surgirão novas idéias e novas possibilidades de aplicações, este ciclo de aprendizado constante levará a inclusão destes em diversos aspectos da sua vida profissional e, acredite, pessoal também.

Imagine um tema, “Viagem de férias”, por exemplo. Ao concentrar-se neste tema, uma chuva de idéias, possibilidades, restrições, etc, virão à sua cabeça de uma só vez, em um formato particular que se expandirá em todas as direções, de modo à primeira vista desordenado. Pois bem, é sua tarefa captar com o máximo de detalhamento possível estas idéias e colocá-las no papel.


Têm-se então, o ponto de aplicação dos mapas mentais, um tema principal interconectado a ramos primários, conectado a secundários e assim sucessivamente até que a imagem visual do que há em sua mente esteja devidamente catalogada. Nosso tema “Viagem de férias” torna-se um conjunto de idéias interconectadas que permitem uma visão ampla de como seria a viagem, decisões necessárias, roteiros, custos, etc, tudo isto em um ambiente visual gráfico que permanecerá legível em sua mente por muito mais tempo de que as tradicionais anotações.



Todavia, trata-se de uma notação, e como tal, tem suas regras ou recomendações que devem ser seguidas para que se obtenha o máximo aproveitamento deste fascinante recurso.

A mais peculiar delas é sem dúvida a utilização de imagens. As imagens conectadas às palavras proporcionam um sentido de associação que tornará a lembrança mais viva, trabalhando uma parte importante do nosso mecanismo de entendimento e lembrança. O cérebro entende por associações e quanto mais aplicarmos esta técnica, mais capazes de memorizar novos conteúdos estaremos.


Tony descreveu dicas que tornam os mapas mais aplicáveis a diversas situações, estas incluem sempre começar com uma imagem central, utilizar outras imagens, cores, apenas palavras-chave nos ramos, dentre outras. Neste contexto, recomendo aos interessados pelo tema um livro pequeno, porém, transformador, “Mapas Mentais e Sua Elaboração”, de Tony Buzan, criador do método.



Estou certo de que os mapas mentais proporcionam um novo paradigma nos mecanismos de aprendizado, tornando mais prazeroso o ato de estudar, anotar, escrever sobre diversos aspectos da vida. Todavia, acredito que as estratégias se complementam, os mapas, a leitura, as fichas, etc, estão à nossa disposição e não são estratégias excludentes, cabe a cada individuo avaliar quais métodos deseja usar em concordância com seu modo de pensar e qual pode reproduzir mais fidedignamente estes pensamentos. Uma vez que se consiga capturar as idéias, catalogá-las, utilizá-las, você perceberá os fantásticos benefícios que estas e outras técnicas combinadas podem trazer no que tange a estruturação de pensamentos, e o melhor de tudo, para chegar lá, basta praticar.



Pense nisso!



Abraço a todos,



Edson Motta, PMP®, MBA, ITIL®
Consultor Sênior, Especialista Gestão da Informação,
Analista Business Intelligence, Integrações ETL,
Gerente de Projetos PMP, BPM Consultant,
ITIL Certificate.
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domingo, 16 de janeiro de 2011

Confrontos ideológicos, sobre o eterno estado de mudança das organizações. Mais do que uma realidade, uma oportunidade!

“A única coisa permanente é o estado de mudança.”

Heráclitos -540-475 AC.

Gerações se contrapõem em busca de um modelo de gestão eficiente, temos aqui a eterna luta entre o antigo e o novo. Jovens executivos, no auge de sua criatividade ditam em compasso frenético o ritmo da gestão organizacional, do outro lado, gerações de executivos seniores carregando suas experiências ao longo de incontáveis modismos, se perguntam, sobre os benefícios reais que tais mudanças proporcionam às empresas.

É neste cenário que os novos modelos de gestão são criados, os conflitos ideológicos trazem à tona mudanças consistentes, pautadas nas verdades evangelizadas pelas duas correntes de pensamento, estas por sua vez, culminam em novas formas de pensar e agir, elevando invariavelmente o conhecimento e maturidade organizacional à níveis impensados, traduzidos naturalmente em inovação.

Sim, esta é a receita para a inovação. Necessidades, conflitos e contraposições geram idéias, insumo fundamental para uma melhoria organizacional. A sabedoria budista reza que “A única coisa que não muda é que tudo muda” , acreditar nesta premissa e tentar utilizá-la de modo pro- organização, não é uma tarefa fácil, mas é fator condicionante ao crescimento. O conforto oferecido pela estagnação confere altos custos e baixíssimos rendimentos, portanto, sair desta zona torna-se o único meio para competir em um mercado altamente mutável.

São conjecturas, claro, mas penso que diferentes correntes de pensamento interagindo e colaborando para um modelo mais adaptado à realidade das organizações não me parece um sonho distante, todavia a força maior que rege essa sinfonia chama-se maturidade organizacional, o novo é bem vindo, as experiências vividas enchem a fonte das quais toda inovação deve beber. “Escute os cabelos brancos” , a experiência empresarial é um importante aliado na inovação, transformação, consiste em adaptar algo que já existe dando-lhe uma nova percepção, logo, o novo é apenas uma derivação do que já existe, de modo que, pensamentos à primeira vista antagônicos, podem sim, colaborar sinergicamente para o franco desenvolvimento da companhia.

Universo é mudança, todos nós estamos intimamente conectados a esta realidade, no cenário das organizações não é diferente. Aos jovens executivos, impetuosos em seu desejo de mudar, evoluir, prosperar, lembrem-se: o passado pode refletir muito no futuro, estudar e entender o contexto no qual a organização se insere ao longo de sua existência pode significar a diferença entre boas e más investidas empresariais no mundo moderno, em contra partida, as chances de sucesso serão potencializadas no momento que entendermos que a colaboração deve transcender as diferenças, mantendo-se focado nos interesses organizacionais. Neste contexto, se formam as novas diretrizes, motor da moderna inovação que alinhadas e integradas ao cerne da organização promoverão mudanças mais consistentes que serão ao longo do tempo, aprimoradas em ciclos mais velozes perpetuando a busca pela melhoria empresarial em seu ato mais elementar, mudar.

Pense nisso!

Abraço a todos,


Edson Motta, PMP®, MBA, ITIL®
Consultor Sênior, Especialista Gestão da Informação,
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terça-feira, 23 de novembro de 2010

Office Business Application: Um importante aliado da eficiência operacional das organizações e sua relação com a tecnologia da informação.




OBA !!! Não, não se trata de uma festa, ou comemoração, trata-se de um “novo conceito antigo” que traduz a necessidade crescente dos usuários por um ambiente de aplicações integradas, que diminua ao menos um pouco a quantidade de ícones dos seus abarrotados computadores.


Não seria mais fácil, se parte dos aplicativos da empresa estivessem integrados à ferramentas do uso diário? Pois bem, este artigo abordará as soluções Office Business Application. Além de uma “brilhante” estratégia mercadológica, as soluções OBA podem representar um novo universo de soluções empresarias.


Vivemos um momento empresarial onde a busca por performance, indicadores, informação é constante, neste contexto, as áreas de tecnologia (TI) vão produzindo e/ou adquirindo mais e mais sistemas, numa vã tentativa de suprir esta insaciável demanda. Nesta busca, alguns aspectos importantes, principalmente os relacionados à letra “I” do acrônimo “TI”, são esquecidos, e então, como trilhos do trem sem manutenção, vamos desalinhar.


Pensando nisso, as soluções OBA podem ser um bom auxiliar neste processo, principalmente no que tange as soluções gerenciais de suporte à decisão.


Mas então, que diabos são soluções OBA?


São aplicativos integrados aos ambientes do Microsoft Office que são “embarcados” na estrutura interna do Microsoft Office criando novas barras de ferramentas, funções e funcionalidades adicionais específicas ou suplementares, alinhadas às necessidades dos usuários. Vamos a um exemplo: um usuário de nível gerencial precisa de um ambiente integrado para analisar informações, uma solução OBA poderia ser criada para este usuário criando uma nova barra com relatórios, consultas, gráficos, indicadores dinâmicos, etc., tudo isto utilizando-se de todo conjunto de funções já disponíveis no próprio Microsoft Excel e unido-as as novas funcionalidades do negócio. Como podem perceber trata-se de um “prato cheio” para a inovação.


Neste artigo não pretendo enveredar pelos aspectos técnicos deste modelo, todavia, é preciso deixar claro uma citação “novo conceito antigo”.


Inevitavelmente, os programadores que já enveredaram pelos árduos caminhos do VBA – Visual Basic Application logo pensarão: Mas isso já era possível! E alguns até dirão: eu já fazia isso há muitos anos atrás! Pois bem, vamos com calma. As novas versões do Visual Studio, principal plataforma de desenvolvimento da Microsoft trouxeram uma enriquecedora novidade, as soluções Office, nestas, temos um conjunto complexo de modelos que permitem a programação Office em diversos níveis, desde aplicações propriamente embarcadas, até modelos de documentos, rotinas, etc., tudo isso usufruindo do mesmo potencial de integração e poder de programação utilizada nos diversos outros modelos de aplicações disponíveis no Visual Studio. NET, portanto, trata-se de um ambiente rico e pronto para suprir necessidades que vão desde a programação de fato, até a distribuição de versões controladas pelo padrão de distribuição ClickOnce.


Alcançar meios para maior produtividade operacional, reduzindo a resistência e influenciando os usuários para melhor utilização das soluções, deve estar presente no conjunto de prioridades de qualquer projeto de software, neste contexto, penso que as soluções Office Business Application, proporcionam benefícios em dois aspectos concomitantes, maior agilidade no atendimento a requisitos específicos do negócio e redução do esforço de programação necessário para alcançar tal objetivo.


Ainda há muito que se falar sobre a influência das plataformas OBA no cenário das organizações, e naturalmente, não era objetivo deste artigo esgotar o tema, acredito que um volume seria mais apropriado, quem sabe! Mas de fato, o objetivo foi apresentar um pouco desta importante plataforma tecnológica e seu potencial no contexto organizacional. Resumindo tudo em uma simples palavra, trata-se de inovação. Ironicamente, há quem diga que a inovação em TI se faz quando conseguimos unir o maior numero de siglas em um mesmo projeto, portanto, está lançado o desafio, pois as soluções Office Business Application, poderão estar presentes em conceitos como SOA, Business Intelligence, BPM, e por ai vai. Deste modo, mãos à obra, há um longo caminho a ser percorrido no que tange a unificação destes conceitos e plataformas tecnológicas, mas a trilha, apesar de densa e nebulosa, leva a um ambiente onde a eficiência operacional se faz de modo natural, perpassa os aspectos técnicos e operacionais centrando-se nos objetivos do negócio e extraindo o melhor das empresas com transparência, controle, gestão e o principal fator crítico de sucesso de toda organização, a informação.


Pense nisso!



Abraço a todos,



Edson Motta, PMP®, ITIL®, MBA
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domingo, 26 de setembro de 2010

Heróis ou arqui-rivais na colaboração organizacional?

Liderar é/e Colaborar. Os novos modelos de liderança impõem mudanças culturais através da quebra dos paradigmas do passado.

Vivemos um momento empresarial onde, ser generalista parece ser a saída para tudo, absorver mais e mais conhecimento despindo-se de quaisquer preocupações quanto à qualidade ou credibilidade das fontes tornou-se um ato comum de sobrevivência, “acho que sei, portanto sei”, esta tem sido a bandeira de muitos gestores. Mesmo diante das mais adversas situações, tais “arroubos da gestão” têm sido o motor motivacional das decisões que na maioria dos casos estão fundamentados em um conjunto de experiências imaginárias, quase transcendentais, que saltam do “mundo paralelo” com a peculiar característica de “profissionais heróis”, tornando-se, portanto, os gênios e senhores do conhecimento e saber organizacional.

Tais heróis munidos de suas capas voadoras e seu singular “conhecimento ilimitado", pairam sobre a organização definindo o novo modelo de trabalho adotado hoje, que outrora, será inevitavelmente preterido em função do novo modelo de trabalho do amanhã.

Nossa fábula, nada infantil, alerta para os riscos que representam os heróis no cenário organizacional, heróis são bem vindos no cinema, ou nos desenhos animados que assisto com meu filho, no cenário organizacional são necessários bons profissionais, gestores que entendam suas limitações e que neste momento valorizem o saber na perspectiva do conjunto, utilizando-se do capital intelectual muitas vezes subutilizado da sua equipe para eliminar eventuais lacunas de conhecimento perfeitamente naturais em series humanos normais.

Neste contexto, surge uma simples palavra que define tudo: Liderança. Ainda que vez por outra, tenha seu sentido inebriado pelo papel do chefe, de fato, esta figura em nada se assemelha com o tal, falamos de algo que perpassa a pura e simples autoridade, falamos de ouvir, escutar, entender. Falamos do que o grande poeta Rubem Alves classificou tão sabiamente como “escutatória” que em sua incrível sagacidade contrapõe a oratória, nos fazendo pensar no seguinte fato: Por que gostamos tanto de falar e notadamente, por que e tão difícil escutar?

Colaborar sem escutar é possível? Felizmente não, este ato traz consigo a nova ordem mundial, as novas leis, os novos governos e produtos, onde todos em seu divino ato de coexistência estão submetidos à uma única e simples regra, somar para produzir mais e melhor. É sob este conceito que se farão os novos lideres, onde no auge da sua maturidade estarão, enfim prontos para exercer sua função mais elementar, formar novos líderes, discípulos que perpetuarão um novo modo de pensar e agir e que formarão à base do executivo do futuro.

Para aqueles que avaliam a liderança como algo surreal, os que por exclusão são “chefes”, observem que vivemos um momento empresarial regido por processo, os feudos departamentais, ainda herdados da revolução industrial estão em franco processo de mudança, é preciso pensar coletivamente, agir coletivamente, ouvir e compartilhar, pois este novo cenário, felizmente não será regido por organogramas, que parafraseando o excelente escritor Tadeu Cruz, são criados somente com o intuído de incitar a fogueira das vaidades, aplacando o pesar daqueles que enfim conquistaram o topo dos diagramas, mas sim, por pessoas, que unidas em seu desejo comum de prosperar avançam na direção das novas metas dando novo sentido a busca pela medida perfeita do composto mais poderoso de qualquer organização, a motivação.

Pense Nisso!

Abraço a todos,


Edson Motta, PMP®, MBA, ITIL®
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segunda-feira, 7 de junho de 2010

Sistemas ERP, modelo de gestão em pacotes. Escolha o seu!

Evidentemente, é inquestionável o papel dos sistemas de gerenciamento integrados (ERP) ao redor do mundo e este artigo não contraria este consenso quase universal, todavia, sou cético quanto a unanimidades e acredito fortemente que estas devem ser periodicamente questionadas para que se tornem auto-explicativas quanto aos seus benefícios, esgueirando-se dos constantes modismos presentes na tecnologia da informação e comunicação. Com este intuito, este artigo levanta a polêmica questão: Tudo no ERP, verdade ou mentira universal?

Organizações têm se mobilizado ao redor do globo na tentativa de reter o máximo do conhecimento organizacional em um único banco de dados: o ERP, uma louvável iniciativa, não fosse o fato de que estas decisões são realizadas intuitivamente, corriqueiramente motivadas por algo que em determinado momento histórico tornou-se verdade universal constituindo portanto, mais um paradigma para ser quebrado no futuro, pois é "são efeitos da evolução".

A imensa quantidade de módulos disponíveis nos pacotes ERP´s ludicamente parodiam políticos em período de eleição prometendo soluções para todos os problemas do mundo, implementações que variam desde o tradicional "contas a pagar", já sem tanta importância em meio a tanta novidade, até motores para gerenciamento por processo com workflows desenhados em singelos ambientes enriquecidos por nomes cuja pronúncia e tão complexa que sob olhares fascinados demonstram claramente a importância de obter este produto bem depressa e sem demora.

Apesar do tom irônico, este cenário representa a realidade de muitas organizações, realidade que dia após dia impõe novas mudanças conceituais no cerne dos processos empresariais modelados sob a égide da experiência, compromisso, valores empresariais e que outrora serão preteridos, em busca da adequação destes conceitos ao bom funcionamento de um aplicativo (ERP). Mas, e ai? Pergunto, se todas as organizações utilizam modelos de gerenciamento similares, de onde surgirão as novas vantagens competitivas?

Como um automóvel parado na estrada em frente a uma bifurcação, este momento obriga os gestores a tomar uma decisão: de um lado, manter o modelo particular de trabalho que fora conquistado com base na experiência, que apesar da pouco ou nenhuma documentação, são por certo o resultado de erros e acertos do passado, ou opta-se, com adaptações, ao modelo que "Hammer e Champy" definiram por "Reengenharia", neste contexto, significa que a organização remodelará seus processos em função do modelo de negócio embalado em uma bela caixa de presentes. Uma difícil decisão.

O bom censo deve prevalecer, as organizações precisam entender que ao adquirir um software ERP ou sistema integrado de gestão, estão optando por um modelo de negócio pronto e empacotado, que naturalmente estará distante das nuances internas ou mesmo dos modelos de trabalho de cada organização. Deste modo, é preciso analisar cada solução do mercado buscando dentre elas a que menos se diferencie da realidade interna da organização, para então iniciar uma nova empreitada.

A customização, conhecidamente o terror das organizações, consiste basicamente em alterar o software (ERP) original em prol do atendimento a requisitos e especificidades do negócio, de modo quase utópico, sugere a relação: quanto mais similar aos processos for à solução ERP, menos customizações ocorrerão.

Objetivando tal pensamento, entendo que todo projeto de implantação de uma solução ERP deve invariavelmente ser precedido pelo mapeamento e análise detalhada de processos que posteriormente serão confrontados com a solução, desta estratégia surgirão às necessidades primárias de customização, entretanto, para ser efetivo, deve ser um trabalho realizado a quatro mãos, corpo técnico e gerentes de processos devem trabalhar conjuntamente sob o claro conhecimento e empenho da esfera diretora, a fim de dar a devida visibilidade em concordância com sua natureza puramente estratégica.

Não há caminhos fáceis ou atalhos nesta empreitada, é preciso clareza e objetividade conquistadas através do entendimento claro do negócio e sua razão de existir, é preciso bom censo para tratar a solução integrada ERP como mais uma ferramenta dentro da organização, e esta, devem ter um papel bem definido no contexto organizacional.

Sistemas integrados de gestão vêm promovendo ao longo dos anos níveis de integrações impensados, analogamente, é preciso observar que diferenciais competitivos advêm da expectativa de algo novo, vivemos em um mundo de convergências e padrões e esta nova racionalidade torna-se um convite a pensar, reavaliar as soluções de TI através dos olhos da continuidade, mas mantendo acessa a chama da inovação, que nos torna tão diferentes mesmo quando só observamos semelhanças.


Pense nisso!

Abraço

Edson Motta, PMP®, MBA, ITIL®
Consultor Sênior, Especialista Gestão da Informação,
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terça-feira, 4 de maio de 2010

Reinventar a roda?

No mundo atual, a busca por métodos de trabalho que mantenham seu enfoque no reaproveitamento das tarefas já realizadas é indiscutivelmente um fato. A cada dia, nos deparamos com novos conceitos que dizem cumprir tal papel, paradigmas são quebrados a todo o momento em busca de um modelo mágico que neutralize por completo a necessidade de redesenvolver uma solução específica para uma empresa. Entretanto, nesta efetiva busca por novos meios de trabalho mais eficientes, tendemos a má observação de aspectos imprescindíveis para o sucesso do projeto, o cliente. Segundo estudos, em 80% dos casos o alinhamento entre as necessidades do cliente e o projeto desenvolvido não são alcançados. Notoriamente, por vezes, estas soluções foram concebidas à luz dos mais severos conceitos de produção de software, aderentes às melhores práticas utilizando-se dos mais novos recursos computacionais e conceitos amplamente difundidos, mas então, por que não deu certo? Bem, esta é a pergunta que permeia a cabeça dos gerentes de projeto ao redor do globo. Pois bem, se fosse responder em uma só frase, diria sem dúvida, “O sucesso está nos detalhes”. Ao analisarmos um projeto de software em absolutamente qualquer esfera de negócio, deve-se manter o foco nas necessidades, o bom entendimento destas necessidades levará invariavelmente a uma solução viável. Atualmente, temos à disposição um grande conjunto de tecnologia que devem ser bem dimensionadas antes de aplicadas, sob pena de incorrer no insucesso do projeto. Ao analisar as atividades que por ventura deseje informatizar, é preciso ir além da pura e simples análise dos requisitos de software, que apesar de ser uma poderosa ferramenta, não garante o pleno alinhamento da solução com os desejos do cliente, deste modo, acredito fortemente que qualquer projeto, independente da sua natureza deve ter seu marco inicial no mapeamento dos processos internos à luz do BPM. Esta ação favorece ao projetista troca de experiências que são extremamente enriquecedoras e contribuem notoriamente para o sucesso do projeto, permitindo um claro entendimento que por vezes influencia o Stakeholder na melhor organização dos processos antes da efetiva informatização, evitando futuras dores de cabeça para equipe ao longo do projeto.

Após o mapeamento do processo, outro fator de importância fundamental está ligado à decisão sobre a plataforma tecnológica, não é uma decisão fácil, todavia, devemos utilizar os sinais emitidos pela própria organização para optar por determinada tecnologia.
Na maioria das organizações, três fatores são fundamentais para o sucesso de um projeto de software e sua aderência ao negócio, a integração com sistemas internos, a adaptabilidade ao uso, quando possível proporcionando o mínimo de impactos nas rotinas já realizadas, e uma clareza quanto aos processos, entendendo, portanto, uma organização como um conjunto de processos. Esta visão processual permite ao usuário da solução um entendimento claro sobre seu papel no todo colaborativo, incentivando melhores insumos e saídas a cada giro de processo. Ao analisar a escolha da tecnologia sobre estes aspectos, o projetista perceberá claramente que a solução não precisa ser um conjunto complexo, distribuído, webservices , Java´s, etc., o software precisa satisfazer as necessidades do cliente, preocupando-se com seus aspectos funcionais e sua continuidade. Se esta solução precisa ser multi-plataforma, pressupõe-se que a organização assim o faça, do contrário, corre-se o sério risco de construir um elefante branco, “mas multi-plataforma”, para uma organização “formiga” com plataforma unificada, incorrendo, portanto em graves excessos.

Tais excessos podem ser oriundos de tempos antigos, o que me remete a uma história interessante: uma filha ao observar a mãe cozinhar pergunta-lhe, porque a mãe corta as laterais de uma peça de carne antes de por na panela, a mãe sem pestanejar responde-lhe, porque minha mãe fazia assim. Curiosa com a pergunta da filha a mãe liga para a avó e pergunta-lhe porque ela cortara os dois lados da carne, do mesmo modo, a avó responde “porque minha mãe fazia assim”, obstinada a desvendar este mistério, mãe pergunta para a sua avó, porque ela cortava a carne dos dois lados antes de cozinhar, a avó responde imediatamente, “porque minha panela era pequena“

Estes cenários representam dentre outros aspectos, um desalinhamento comum em projetos de software, sua origem, advêm das mais diversas fundamentações, que ao longo do tempo tornam-se verdades inquestionáveis. O papel do projetista neste ponto é desmembrar, buscar as origens das informações a fim de promover o pleno alinhamento entre solução e expectativa, indo além, permitindo e incentivando a revisão de conceitos, reformas nas regras de negócio, alcançado níveis de maturidade a cada projeto, corrigindo e incentivando a nova cultura do pensar, esta sim, obscurece o antigo e ultrapassado foco no problema e ilumina com toda a luz e maturidade empresarial o foco na solução.

Pense nisso!

Abraço

Edson Motta, PMP®, MBA, ITIL®
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